Investigado por ligação com o narcotráfico, vereador Gordo do Aurá é morto a tiros dentro de carro em Belém

Conhecido como "Gordo do Aurá", o vereador Deivite Galvão foi eleito em 2012 pelo DEM, e reeleito em 2016 pelo mesmo partido. — Foto: Ary Souza

                     G1 PA — Belém

O vereador Deivite Wener Araújo Galvão, conhecido como Gordo do Aurá, foi mortos a tiros na tarde desta quinta-feira (21), no centro de Belém. Reeleito em 2016 vereador de Ananindeua, na Grande Belém, Gordo do Aurá tinha extenso histórico de prisões e investigações por ligação com o narcotráfico.

De acordo com a Polícia Civil, o carro foi interceptado por outro veículo de onde partiram diversos disparos em direção à janela do passageiro e à frente do carro, atingindo o vereador e a mulher. O motorista no carro ficou ileso.

O vereador e a esposa foram conduzidos até o Hospital Pronto Socorro Municipal Mário Pinotto, na Travessa 14 de Março, no Umarizal, onde a esposa está sendo atendida. De acordo com a Prefeitura de Belém, a vítima foi encaminhada ao HPSM e socorrida. Ele recebeu os primeiros atendimentos, mas não resistiu.

Uma equipe da Divisão de Homicídios foi acionada com apoio de policiais civis do Grupo de Pronto-Emprego (GPE) para dar início às investigações.

Em nota, a Câmara Municipal de Ananindeua declarou que o vereador "sempre teve uma destacada atuação em defesa dos moradores do Aurá e da população de Ananindeua de modo geral". Em nota, o Parlamento de Ananindeua informou que "se solidariza com todos os familiares e amigos do vereador e decreta luto oficial de três dias". De acordo com a Câmara Municipal, Alex Melul (DEM) irá assumir o cargo de vereador.

Prisões e atentado

Deivite Galvão foi eleito vereador de Ananindeua, região metropolitana de Belém, em 2012, pelo DEM, e reeleito em 2016 pelo mesmo partido.

Em 2013, ele foi alvo de um atentado. Quando chegava ao prédio da Câmara de Vereadores de Ananindeua, foi baleado por um motoqueiro armado, que fez vários disparos.

De acordo a Polícia Civil, o vereador responde por dois crimes: em 2006, foi apontado como suspeito de homicídio, e em 2011 foi preso por tráfico de drogas e associação ao tráfico, no distrito de Mosqueiro.

Em setembro de 2018, Devite foi preso por ligação com o tráfico de drogas e por integrar facção criminosa. A ação da Polícia que culminou na prisão do vereador ocorreu no residencial do "Programa Minha Casa, Minha Vida", que à época havia sido ocupado há cerca de dois anos. De acordo com as investigações, o local servia como abrigo para foragidos e para gerenciamento do tráfico de drogas.

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