''Seletivo relâmpago'' em Caxias: ''Faço um apelo ao governador Flávio Dino que torne nulo esse seletivo'', pede vereador

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O prazo exíguo entre a abertura do seletivo, a inscrição dos candidatos e o anúncio dos seletivados deixou a população caxiense perplexa.

Se não bastasse todas as incongruências do caso, o silêncio do prefeito Léo Coutinho antes, durante e depois de tão grande ação do governo do Estado na cidade aumentam as especulações em torno do episódio, uma vez que ele comemora toda e qualquer iniciativa de emprego no município, mas nesse caso “não deu um pio”.

Mas se por um lado o prefeito de Caxias decidiu fazer voto de silêncio sobre o seletivo, por outro o vereador Fábio Gentil apontou sua artilharia para o grupo Coutinho e comandou, nesta segunda-feira, 23, um intenso bombardeio sobre um dos maiores escândalos ocorridos na cidade.

“Faço aqui um apelo ao governador Flávio Dino, que torne nulo, que considere a nulidade desse seletivo, porque o nosso povo não merece pagar pelo que está sendo feito”, disse Fábio Gentil discursando na tribuna.

Quanto a possibilidade de fechamento do Hospital Geral do município, fato que é recorrente em toda esquina, o oposicionista também criticou o prefeito Léo Coutinho por não se pronunciar e pelo temor de que centenas de pessoas fiquem desempregadas. “Não se pronuncia e deixa que permaneça acontecendo e isso é inadmissível”, protestou ele.

Fábio pediu ainda que, “já que o prefeito vai fechar o Hospital Geral, que contrate todos os funcionários para esse novo hospital para não deixar nenhum pai de família desempregado, porque é um absurdo como ele trata essa cidade”.


Pediu o apoio da Câmara Municipal


“A Câmara não pode aceitar esse seletivo e não pode aceitar fechar o hospital”, disse FG conclamando os colegas a unirem forças e não permitirem que isso aconteça, “pois não adianta abrir um e fechar o outro. É como diz o ditado popular: é como cobrir um santo e descobrir outro”.

Continuando sua metralhadora verbal em direção ao prefeito de Caxias, Fábio jogou toda e qualquer responsabilidade pelo fechamento do Hospital Geral a falta de competência do gestor. “A culpa, pelo possível fechamento é de uma única pessoa, que é o prefeito Léo Coutinho. A sua falta de competência lhe faz tomar uma decisão unilateral, uma decisão que só cabe a ele, no que diz eu faço, eu vou fazer e todo tem que aceitar”, disse em tom de desabafo.

“Não podemos aceitar de jeito nenhum que o resultado desse seletivo seja válido”, continuou o parlamentar que fez questão de ressaltar que todos os vereadores da oposição denunciaram o seletivo antes mesmo do seu resultado. “Todos nós da oposição denunciamos que esse seletivo era fraudulento. Essa Casa vai aceitar o que foi feito nesse processo seletivo? Será que vamos aceitar que os servidores da rede municipal de Saúde sejam colocados pra fora?”, questionou o vereador.


Deixaram o rabo do lado de fora


Num aparte ao discurso de Fábio Gentil, Catulé fez pesadas críticas ao fato da mesma pessoa ter sido nomeada 2 vezes no Seletivo. “Deixaram o rabo do lado de fora. Nomearam uma pessoa duas vezes. A pressa foi tão grande que nomearam duas vezes e a física diz que uma pessoa não pode estar em dois lugares ao mesmo tempo”, denunciou Catulé que em seguida tocou na ferida da base governista: “Acontece que essa turma, uns ficaram de fora, não respeitaram alguns, dentro do meu conceito, deixaram de fora, mas que teve gente que botou, botou”, disse Catulé referindo-se aos boatos que circulam na cidade de que apenas 6 vereadores da base governista indicaram pessoas para ganhar uma vaga no seletivo do Hospital Regional.

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